CONTINUAMOS A REPERTIR OS MESMOS ERROS




Assisti no último final de semana a um documentário " Últimos dias dos Nazis". Fiquei surpreso com os depoimentos dos nazistas que foram presos pelos aliados, depois que a Alemanha foi derrotada. Muitos falaram que cumpriram seus deveres e que era o trabalho deles, pois obedeciam a ordem de Hitler.
Tudo bem que poderia ser uma manobra para se defender das acusações, mas, o fato de que os que cometeram atrocidades são pessoas comuns, como eu, que só cumprem ordens me amedronta ainda mais em relação à visão anterior, que tinha antes, de que todo nazista era um monstro psicopata. A maldade fica mais próxima, já que qualquer um pode cometer atrocidades em nome do bem estar da sociedade.
Recordo-me de um caso de um corpo estendido nos trilhos do trem e o maquinista passou por cima do corpo, alegando que cumpria ordens superiores. Aí, a mãe do morto argumentou que mesmo com a ordem, ele não pensou que aquele corpo poderia ter uma história e gente que gostava dele?

Racionalizar demais é uma forma de diminuir a empatia entre os indivíduos. Não podemos enxergar somente as pessoas como números ou dados. Os sentimentos são importantes para criar empatia, um elemento fundamental para o convívio. Ao se colocar na posição do outro, percebe-se a injustiça que se comete.
Fiquei mal depois do documentário, pincipalmente, com a cena que mostra a porta da câmara de gás fechada e os gritos desesperados... E o pior de tudo, não aprendemos a lição! Vejam o que acontece na guerra da Palestina, Síria e nos países da África.
Aqui, no Brasil, se a elite brasileira tivesse mais empatia com o povo, não haveria tantas desigualdades sociais. Até quando se repetirá os mesmos erros.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Idéias do canário-Machado de Assis

A Menor Mulher do Mundo de Clarice Lispector

Preciosidade, conto de Clarice Lispector