CORPOS CELESTES









É um filme nacional que discute a grandeza do universo e como somos um grão de areia em relação às várias constelações que existem há bilhões de anos. Vi-o no Canal Brasil.

Quando criança, Francisco conhece Richard, que tem fama de maluco na região. Lá encontra um telescópio, o qual passa a olhar as estrelas. O menino faz amizade com Richard e passa a ir a casa dele constantemente. Isto não é visto com bons olhos por seu pai, que o proíbe de retornar ao local.  Todavia, os breves momentos juntos despertaram em Francisco a paixão pela astronomia, ciência pela qual estuda ao se tornar homem.

Sinceramente, gostei mais da primeira parte do filme. A curiosidade do menino desejando conhecer as estrelas e não se conformar com o cotidiano tacanho da cidade em que vivia. A relação de amizade entre o estrangeiro deprimido e o garoto foi emocionante, reafirmando meu pensamento de que há afinidades de existências, independente da cultura e sociedade. Os dois era os estranhos que viviam no mundo dos “normais”.  O estrangeiro tem um fim drástico e o menino fica muito triste.

A segunda parte do filme, ele já um professor renomado. Envolve-se com uma mulher misteriosa, que me lembrou  Capitu, oblíqua.  Ela desaparece de repente sem explicações. Cético, tem a teoria que o homem é insignificante em relação ao universo e a jovem o questiona. Ela é o oposto dele.  

Nesse meio tempo, o filho do estrangeiro chega ao Brasil e que conhecer o local onde pai viveu os últimos anos, fazendo com que o protagonista revive lembranças doloridas do passado.

É um belo filme e levanta questões sobre qual é o lugar da gente nesse universo tão diverso. Pode não ser um filme para História do Cinema, mas valeu a pena assisti-lo.

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