Flash do passado



Não sei a razão, mas por esses dias uma lembrança emergiu das profundezas. Foi há mais de dez anos, fui fazer um trabalho escolar na casa de um colega. Quando fui embora, caminhei completamente sozinho até a portaria. No curto trajeto, que pareceu quilômetros, só escutei os meus passos; as casas luxuosas pareciam vazias e o silêncio gritava por toda parte. Para completar, o aroma de flor que entrava sem bater nas minhas narinas me remetia à ideia de velório; nesse momento, pensei que era a única pessoa viva que andava por ali.

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